LIFO (last in, first out) — ou, em português, UEPS (o último a entrar é o primeiro que sai) — é um método de valoração de estoques. A manutenção de estoque tem como objetivo garantir o abastecimento de insumos e outras matérias utilizados no processo produtivo, em caso de atraso e riscos de fornecimento ou de sazonalidade do produto. Em uma gestão de estoque eficiente, a preocupação na redução de custos de manutenção é constante, e sua quantidade deve ser sempre a menor possível.
Por isso, no post de hoje, abordaremos as principais características do sistema LIFO, suas vantagens e suas desvantagens em relação aos demais métodos no processo logístico. Continue a leitura e saiba mais!
LIFO, FIFO e FEFO
Os sistemas utilizados quanto à diferenciação relativa à vida útil dos produtos em estoque são três:
- FIFO (first in, first out) — em estoques de produtos com vida útil curta;
- LIFO (last in, first out) — em estoque de produtos que não possuem vencimento, ou em períodos com sazonalidade a favor, como no caso de produtos que podem sair de moda, por exemplo;
- FEFO (first expire, first out) — na contabilização de estoques altamente perecíveis.
Esses métodos de apuração de valor do estoque compõem a conta contábil ativa circulante e somente se diferenciam uns dos outros quando há:
- períodos inflacionários ou deflacionários, uma vez que haja diferença no seu custo de aquisição;
- alteração do valor unitário por parte do fornecedor;
- variação do custo de transporte, rateado e incorporado no preço final de compra;
- cotação de moeda estrangeira para produtos importados.
Isso porque, se não houvesse diferenciação no custo de aquisição, o valor unitário seria sempre o mesmo, e não faria sentido utilizar qualquer um dos métodos que não fosse por diferenciação quanto à sua vida útil.
Motivos para a valoração de estoque
A determinação do valor do estoque é importante por várias razões. Entre elas, podemos destacar que é por meio desse valor que fazemos a apuração do lucro bruto em determinados períodos, ao calcularmos o CMV (custo da mercadoria vendida) dos produtos que saíram do estoque. Além disso, ele possibilita o cálculo dos impostos devidos ao fisco.
A valoração do estoque pelo método LIFO
LIFO se justifica em estoques que giram muito rapidamente. Faz-se vantajoso por não incidir sobre os estoques o custo de manutenção pela armazenagem.
Apesar disso, há intrínseca uma falsa ideia de vantagem, pois as margens de lucro trabalhadas incidem sobre o último preço de compra, geralmente mais alto, o que também as mantém altas. Já na forma contábil, quanto maior o CMV, menor será o estoque final e, consequentemente, os lucros.
Portanto, no método LIFO, o ativo circulante é desvalorizado, e, com isso, a legislação exige que a valoração de estoques para fins de apuração de impostos seja feita apenas pelo método FIFO ou pela média ponderada dos dois.
LIFO nos transportes
Devido aos altos custos envolvidos em toda a operação, a organização da carga é uma questão fundamental. O primeiro método a ser aplicado para movimentação de cargas é determinado pelo tipo de produto e pelo seu prazo de vida.
Além disso, para a diminuição dos custos, é importante a maximização da ocupação dos veículos e a roteirização das entregas, na qual a ordem do carregamento dos produtos influencia diretamente na otimização do processo, no caso de cargas fracionadas. Neste caso, deve-se elaborar a rota utilizando o método LIFO: os últimos a serem carregados serão descarregados primeiro.
Entendeu agora como mensurar o estoque ou manuseá-lo de forma correta de acordo com sua classificação? Aproveite e expanda mais um pouco seu conhecimento sobre o assunto lendo este outro artigo com tudo o que você precisa saber sobre o que é FIFO!